Tekster: Misia. Estátua Falsa.
Mario de Sa-Carneiro ? Armando Machado
So de ouro falso os meus olhos se douram; / Sou esfinge sem misterio no poente. / A tristeza das coisas que nao
foram / Na minh'alma desceu veladamente. / Na minha dor quebram-se espadas de ansia, / Gomos de luz em treva se
misturam. / As sombras que eu dinamo nao perduram, / Como Ontem,para mim, Hoje e distancia. / Ja nao estremeco
em face do segredo; / Nada me aloira ja, nada me aterra: / A vida corre sobre mim em guerra, / E nem sequer um
arrepio de medo! / Sou estrela ebria que perdeu os ceus, / Sereia louca que deixou o mar; / Sou templo prestes a ruir
sem deus, / Estatua falsa ainda erguida ao ar...
So de ouro falso os meus olhos se douram; / Sou esfinge sem misterio no poente. / A tristeza das coisas que nao
foram / Na minh'alma desceu veladamente. / Na minha dor quebram-se espadas de ansia, / Gomos de luz em treva se
misturam. / As sombras que eu dinamo nao perduram, / Como Ontem,para mim, Hoje e distancia. / Ja nao estremeco
em face do segredo; / Nada me aloira ja, nada me aterra: / A vida corre sobre mim em guerra, / E nem sequer um
arrepio de medo! / Sou estrela ebria que perdeu os ceus, / Sereia louca que deixou o mar; / Sou templo prestes a ruir
sem deus, / Estatua falsa ainda erguida ao ar...
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